Diferentemente dos adultos, as crianças não aprendem um novo idioma – elas o adquirem. E isso faz toda a diferença. Basta comparar a desenvoltura delas com a dos adultos em um curso de idiomas. Crianças costumam ser espontâneas, têm menos vergonha de errar e mais facilidade para aprender. É uma enorme vantagem competitiva.
Por isso, a infância é o período ideal para desenvolver uma segunda língua. A seguir, listamos outros benefícios do aprendizado precoce – que vão muito além do saber ler, escrever, falar e ouvir em inglês. Confira:
- Melhor rendimento escolar
Estudar um segundo idioma na infância estimula funções cognitivas, o que é extremamente positivo para o aproveitamento na escola regular. Um estudo da Universidade da Islândia mostrou que a capacidade de raciocínio e concentração das crianças bilíngues são altamente maiores quando comparadas com as que falam apenas um idioma.
- Desenvolvimento de habilidades socioemocionais
Uma interessante vantagem do bilinguismo infantil é o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Também conhecidas como soft skills, elas são competências e aptidões difíceis de mensurar – diferente das habilidades técnicas.
Segundo o relatório “The Future of Jobs”, do Fórum Econômico Mundial, as principais habilidades do futuro incluem criatividade, raciocínio, pensamento crítico e aprendizagem ativa.
E como tudo isso se dá em um curso de idioma? Lembre-se que o contato com uma nova língua aproxima o aluno de uma nova cultura. A linguagem é um instrumento de autoexpressão e de relações socioculturais. É assim que as crianças podem desenvolver, de um jeito natural, competências tão exigidas no mercado de trabalho.
- Fluência e Proficiência na vida adulta
Um inglês fluente e proficiente multiplica as oportunidades de trabalho em comparação com quem fala apenas de forma intermediária – o mesmo se aplica a quem deseja estudar no exterior ou interagir com pessoas de diferentes culturas ao redor do mundo.
Mas como chegar à fluência?
Tende a ser mais fácil na infância – porque o desenvolvimento neurológico é mais intenso nos primeiros anos de vida. Nessa fase da vida, a pessoa assimila melhor pequenas sutilezas de pronúncia, tem um ótimo armazenamento de memória, uma recuperação lexical (processo em que o cérebro acessa a memória para formar sentenças) mais eficaz e flexibilidade mental – habilidades que a levarão à fluência de um nativo na língua em desenvolvimento.
- Aprendizagem simultânea
Crianças têm mais facilidade em aprender e adquirir um idioma por meio de atividades lúdicas e recreativas. Sabemos disso porque é do mesmo jeito que aprendemos nosso primeiro idioma. Nesse contexto, a prática de uma segunda língua se torna mais natural. E não tem uma carga de obrigatoriedade como na vida adulta.
Aprender um novo idioma durante o período de alfabetização faz com que a criança assimile características da segunda língua ao mesmo tempo em que desenvolve o idioma nativo. Acostumando, por exemplo, o próprio cérebro a trocar o idioma quando necessário. Além disso, permite um aprendizado sem vícios anteriores, como o sotaque, pronúncias e erros – o que, em outras fases da vida, pode comprometer o estudo de novas línguas.
- Melhora a autoestima e socialização
Aprender inglês na infância pode, ainda, melhorar a autoestima e a socialização. Enquanto os adultos sofrem mais com a desmotivação e ansiedade, as crianças são mais livres desses bloqueios e têm uma capacidade de assimilação superior. Resultado: de acordo com o estudo The Cognitive Benefits of Being Bilingual, crianças bilíngues têm mais chances de se ajustar a mudanças sociais do que os adultos que falam dois ou mais idiomas.