O Dia Mundial da Alfabetização é celebrado em 8 de setembro, mas para educadores em contextos bilíngues, a data representa muito mais que uma comemoração. É um lembrete constante dos desafios enfrentados por crianças que aprendem a ler e escrever em duas línguas ao mesmo tempo.

Imagine uma professora apaixonada por educação, atuando em uma escola que atende tanto alunos brasileiros quanto filhos de imigrantes. Ela se esforça para criar um ambiente acolhedor e multilíngue, mas muitas vezes se vê perdida entre métodos tradicionais. Ou seja, currículos engessados e a falta de materiais que realmente dialoguem com a diversidade linguística da sala.
Nesse cenário, o Dia Mundial da Alfabetização surge como convite à reflexão: como podemos tornar esse processo mais inclusivo, respeitando as diferentes formas de expressão e aprendizados? Como a alfabetização pode acontecer de maneira orgânica, significativa e verdadeiramente acessível para todos?
Como a alfabetização bilíngue transforma a sala de aula?
Uma das maiores riquezas do bilinguismo é a possibilidade de construir pontes, não apenas entre línguas, mas entre culturas, identidades e repertórios.
No contexto escolar, isso significa permitir que a criança reconheça sua língua materna como um saber legítimo e, ao mesmo tempo, descubra o novo idioma com curiosidade e acolhimento.
Alfabetizar em dois idiomas não é dobrar a dificuldade, mas multiplicar as oportunidades. O Dia Mundial da Alfabetização é a chance perfeita para valorizar essa potência transformadora.
Quais são os desafios de alfabetizar em contextos bilíngues?
A falta de formação dos professores, materiais escassos, famílias que não falam a segunda língua em casa e políticas públicas desatualizadas tornam a alfabetização bilíngue um terreno ainda frágil.
Muitas vezes, espera-se que a criança “escolha” uma língua para aprender primeiro, como se a convivência entre idiomas fosse um empecilho.
No entanto, pesquisas mostram que o cérebro bilíngue é capaz de transitar entre códigos com agilidade, desde que receba apoio adequado.
Desse modo, o Dia Mundial da Alfabetização reforça a importância de enxergar esses desafios como oportunidades de inovação.
Por onde começar uma alfabetização mais inclusiva?
Comece ouvindo. Ouvir os alunos, suas famílias e suas comunidades. A escuta ativa é o ponto de partida para qualquer processo educativo humanizado.
A partir daí, é possível construir trilhas de aprendizagem que respeitem os tempos de cada criança e que integrem as duas línguas de forma simbiótica.
Desse modo, a alfabetização deixa de ser uma corrida com linha de chegada única para se tornar um caminho cheio de descobertas. O Dia Mundial da Alfabetização pode marcar o início dessa mudança de olhar.
Como tornar o bilinguismo um aliado, e não um obstáculo?
O segredo está na valorização de ambas as línguas envolvidas. Quando a escola entende que o português e a segunda língua (inglês, espanhol, libras, etc.) são complementares, e não concorrentes, tudo muda.
Atividades que mesclam códigos, que usam livros bilíngues ou que incentivam o aluno a “ensinar” uma palavra ao colega tornam o processo leve, lúdico e afetivo.
Como envolver a família no processo de alfabetização bilíngue?
Muitos responsáveis se sentem inseguros por não dominarem uma das línguas ensinadas na escola.
Cabe à instituição acolher essas dúvidas e promover ações de integração, como rodas de leitura com tradução, bilhetes escolares em dois idiomas, vídeos explicativos.
Quando a família entende seu papel e se sente parte do processo, a alfabetização ganha força. Por isso, o Dia Mundial da Alfabetização pode ser o momento ideal para abrir esse canal de diálogo.
Existe um modelo único para alfabetizar em dois idiomas?
Definitivamente, não. E essa é a beleza da aprendizagem rizomática, ela permite que cada escola, professor e aluno construam juntos o percurso mais eficaz para sua realidade.
Não há um ponto de partida fixo nem uma única metodologia infalível. Há caminhos, tentativas, ajustes.
O importante é garantir liberdade para experimentar e confiança para errar. O Dia Mundial da Alfabetização convida a romper com fórmulas prontas e apostar na singularidade de cada jornada.
Reinvente a alfabetização com a Rhyzos
Toda transformação é fruto de um exercício criativo. E a educação, no Brasil, precisa se transformar urgentemente.
O Dia Mundial da Alfabetização é uma oportunidade para repensar práticas, acolher a diversidade linguística e humanizar o processo de ensinar e aprender.
Na Rhyzos, acreditamos que não há um só caminho para educar, existe múltiplas possibilidades.
E todas devem partir de um princípio, o acolhimento. Conheça nossa abordagem rizomática e descubra como criar experiências de aprendizagem orgânicas, flexíveis e conectadas com o mundo real.
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