Professores Qualificados São o Principal DesafioA mudança traz consigo muitos benefícios, tanto cognitivos (para os alunos) quanto financeiros (para as instituições privadas), mas vem também carregada de desafios.
“Um documento do porte da BNCC tem os seus desdobramentos. E o primeiro deles é a formação continuada do professor. Quem é esse professor? Como ele vai ser treinado? Como será habilitado?”, comenta Ana Gurgel, CEO e Diretora Pedagógica do sistema de ensino bilíngue TWICE, que transforma escolas regulares em bilíngues. A própria formação continuada do professor é uma questão que sucede a outra, talvez ainda maior: o número de professores formados é cada vez menor. O docente bilíngue tem se tornado um profissional escasso no mercado. A Um Passo de Ser BilíngueA inclusão à grade curricular de 1 ou 2 horas de inglês por semana não dará a essas escolas a credencial de “bilíngues”. “Isso porque a verdadeira experiência bilíngue pressupõe pelo menos 5 horas semanais de inglês e integração ao Currículo Nacional. Ou seja, nas escolas bilíngues, os alunos aprendem inglês através de conteúdos das disciplinas de Math, Science, History and Geography. O que é ensinado em português é também ensinado em inglês”, explica Ana Gurgel.
No entanto, a Base Nacional Comum Curricular colocará essas escolas no caminho de se tornarem bilíngues. Contratação e treinamento de professores, adequação da infraestrutura e investimento são também alguns dos desafios enfrentados pelas escolas que deram o passo além e abraçaram um projeto pedagógico bilíngue. “Com a BNCC, essas escolas vão passar por um processo muito parecido com o da implantação de um sistema bilíngue. Aliado a isso, elas vão conviver com o inglês e terão de aprender a fazer a gestão da disciplina. Um pouco só de investimento a mais e estas escolas podem se tornar integralmente bilíngues e criar um diferencial definitivo para o negócio”, aposta Ana Gurgel. 
