Fala é mais do que emitir palavras em um idioma, é se expressar, interagir, participar ativamente do mundo. No ensino bilíngue, desenvolver a oralidade em inglês vai além da correção gramatical. Ou seja, envolve acolher erros, incentivar tentativas e transformar cada troca em uma oportunidade de aprendizagem. 

Criar espaços seguros para que os alunos se sintam confortáveis em se comunicar, mesmo com inseguranças, é essencial para que o aprendizado do idioma aconteça de forma espontânea e significativa.

Por que a fala é tão importante no processo bilíngue?

A fala é o canal por onde o conhecimento ganha voz, literalmente. No contexto bilíngue, ela conecta vocabulário, escuta, compreensão e pensamento crítico. 

Quando o aluno pratica oralmente, ele organiza ideias, testa hipóteses linguísticas e pratica estruturas que leu ou ouviu. 

Falar em inglês permite experimentar o idioma em contextos diversos, como uma apresentação oral, uma brincadeira, uma roda de conversa ou uma dramatização. 

Ou seja, é a partir da oralidade que a fluência começa a se construir, não como perfeição, mas como confiança para se comunicar com liberdade.

O que impede os alunos de falarem em inglês com segurança?

O maior bloqueio na fala é o medo. Ou seja, medo de errar, de ser julgado, de não ser compreendido. 

Muitas crianças e adolescentes evitam se expressar em inglês por acharem que ainda “não sabem o suficiente”, quando, na verdade, saber vem com a prática. 

Por isso, o ambiente da escola precisa ser acolhedor e não punitivo. Corrigir sem expor, valorizar as tentativas, evitar comparações e promover atividades que não exigem respostas certas são formas de mostrar que a oralidade não precisa ser perfeita para ser válida.

Como criar espaços seguros para a fala em sala de aula?

O primeiro passo é tirar a pressão da performance. Para isso, é preciso diversificar as estratégias, jogos colaborativos, dramatizações, entrevistas, apresentações em grupo e conversas informais ajudam a criar momentos em que a fala surge naturalmente. 

Outro ponto importante é garantir tempo de escuta e resposta, respeitando o ritmo de cada aluno. 

Incentivar perguntas, repetir expressões comuns, usar apoio visual e até misturar o português nas primeiras fases do aprendizado são atitudes que criam pontes e não barreiras. Quando a escuta ativa é incentivada, a oralidade se desenvolve com mais leveza.

De que forma o professor pode estimular a oralidade com intencionalidade?

O professor bilíngue é um mediador da fala, não um controlador dela. Isso significa propor perguntas abertas, estimular a curiosidade e sempre contextualizar o uso do idioma. 

Ao invés de pedir que o aluno apenas “repita”, é mais produtivo propor que ele conte, pergunte, explique, argumente. 

A intencionalidade também está em escolher temas próximos à realidade do grupo, como família, sentimentos, cultura pop, hobbies e adaptar o nível de complexidade para que todos consigam participar. Sendo assim, com escuta empática e estímulo contínuo, a oralidade se torna parte viva da aula.

Quais atividades funcionam bem para desenvolver a fala em ambientes bilíngues?

Atividades lúdicas, interativas e com significado são as mais eficazes. Jogos de perguntas e respostas, dinâmicas com cartões de vocabulário, dramatizações de situações do cotidiano, entrevistas entre os colegas, criação de podcasts ou vídeos e até rodas de conversa com convidados são ótimas formas de fomentar a fala

O segredo é fazer com que os alunos sintam que têm algo a dizer, e que o inglês é um caminho possível para isso. Quanto mais eles percebem que podem ser escutados, mais vontade terão de falar.

Na Twice, a fala é prioridade desde cedo.

A Twice acredita que a fala precisa ser cultivada com cuidado, afeto e estratégia. Nosso modelo de ensino bilíngue prioriza experiências de comunicação, promovendo confiança e protagonismo nos alunos. Aqui, o inglês é ferramenta para se expressar, descobrir e se conectar com o mundo.

Saiba como implementar práticas de oralidade eficazes no seu projeto bilíngue.