Educação bilíngue abre oportunidades para professores
Nos últimos anos, os programas de ensino bilíngue apresentaram um crescimento exponencial. O movimento acontece na esteira de um mundo globalizado, onde o domínio de pelo menos dois idiomas é fundamental. Em 2022, com a volta às aulas presenciais, o setor deve evoluir ainda mais.
Entretanto, no Brasil, a educação bilíngue tem um desafio pela frente: a falta de professores de inglês qualificados. Muitas instituições com programas bilíngues enfrentam dificuldades para contratar devido à escassez de docentes com a proficiência necessária, o que torna urgente a formação de novos profissionais.
A qualificação dos professores
Segundo um levantamento realizado pela British Council, em 2019, apenas dois estados – Paraná e Pernambuco – atendiam todos os critérios necessários para o ensino de inglês no Brasil. Entre os dois principais problemas, conforme a agência do governo britânico, está a falta de professores qualificados – o outro é o foco do ensino gramatical em detrimento do ensino social da língua.
Uma nova pesquisa, realizada em 2020, revelou dados sobre a formação dos professores de inglês brasileiros. E o quadro não é nada animador. Mais da metade deles (55%) não possui formação específica para lecionar o idioma.
As informações vão de encontro ao cenário do Censo Escolar, realizado pelo Ministério da Educação (MEC) e que abrange escolas públicas e privadas. De acordo com o MEC, apenas 42% dos professores de inglês do primeiro segmento do ensino fundamental têm formação adequada para a área. Do sexto ao nono ano, o percentual segue abaixo da metade: 49,2%.
Para se ter uma ideia, em escolas particulares, tendo em vista a ausência de profissionais, muitas vezes, as vagas são ocupadas por pessoas que voltam de um intercâmbio e possuem fluência – e não proficiência – na língua. Já os formandos em Letras com ênfase em Inglês tampouco saem preparados da universidade, como mostrou uma reportagem do jornal O Sul.
O que é esperado
A formação dos professores de inglês no Brasil está longe do esperado. Nas diretrizes curriculares nacionais para a educação plurilíngue, homologado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em 2020, um capítulo é dedicado ao tema.
O documento do CNE exige, por exemplo, que o docente comprove ter proficiência de nível mínimo B2 no Common European Framework for Languanges (CEFR). Para especialistas em educação bilíngue, a proficiência mínima requerida não é considerada a ideal. Na verdade, deveria ser a C1 – um patamar acima da B2.
As diretrizes também indicam a necessidade de formação ou curso de extensão na área.
Mercado potencial
Diante da distância entre a formação atual dos professores e a demanda do mercado, o programa de ensino bilíngue do Twice oferece consultoria para contratação de professores nas escolas parceiras. Além disso, o Twice conta com material didático e recursos pedagógicos exclusivos, treinamentos e suporte online para facilitar a rotina de professores e gestores.
Nesse cenário, se tornar um professor bilíngue com a proficiência necessária é uma oportunidade tanto para jovens em início de carreira como para profissionais em busca de uma recolocação no mercado. Inclusive, com o setor cada vez mais amplo e aquecido, a tendência aponta para um aumento no número de vagas nos próximos anos.