Cultura maker e ensino bilíngue, uma combinação que vale ouro

Quando você era criança, gostava de desmontar e remontar objetos em casa, como o controle remoto da TV? A curiosidade e o gosto por executar tarefas manuais estão presentes no ser humano desde a primeira infância, algo que, por vezes, se perde ao longo da vida. Porém, não deveria – e a escola tem um papel central no impulsionamento de tais habilidades por meio da cultura maker, tanto nas escolas regulares quanto no ensino bilíngue.

Conciliar o desenvolvimento do bilinguismo com a metodologia mão na massa oferece uma experiência mais efetiva de aprendizagem, já que alavanca o engajamento em sala de aula. Essa combinação também melhora o desempenho dos alunos e ajuda a formar cidadãos aptos a lidarem com os desafios cotidianos.

O que é cultura maker

Do it yourself (DIY, ou faça você mesmo) ou hands-on. Esses são outros termos usados para referenciar a cultura maker, que é baseada em atividades propostas para os estudantes criarem, remodelarem, montarem, desmontarem ou recriarem materiais.

Embora a tecnologia seja o centro da estratégia, o trabalho manual e o conserto de objetos também fazem parte da proposta. “A cultura maker está associada aos saberes que se dá em uma aplicabilidade, e não no uso das ferramentas”, afirmou a pesquisadora e professora Bruna Braga de Paula em entrevista ao Portal Rhyzos.

Seja qual for a prática, a ideia por trás da mão na massa é impulsionar os alunos a desenvolverem soft skills como:

  • Resolução de problemas;
  • Pensamento crítico, científico e criativo;
  • Trabalho em equipe;
  • Resiliência.

Ao mesmo tempo, a educação maker implementa metodologias ativas como a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). As iniciativas devem ser aplicadas de forma significativa, para que os discentes compreendam sua importância na construção de conhecimento de modo autônomo e participativo, como ocorre em diversas situações ao longo da vida.

Como aplicar a cultura maker no ensino bilíngue

O processo de criação e recriação ocorre em espaços maker e fab labs, com o envolvimento de diferentes disciplinas e faixas etárias, o que requer a formação continuada de professores que atuam desde a educação infantil. Os profissionais podem se inspirar em iniciativas como a “Robótica com Sucata”, promovida pela educadora Debora Garofalo, finalista no Global Teacher Prize de 2019, em escolas da periferia de São Paulo.

No ensino bilíngue, a cultura maker é integrada na abordagem e discussão do tema da aula. Alunos do 6º ano do ensino fundamental, por exemplo, podem aprender sobre a Grécia antiga em uma segunda língua enquanto constroem catapultas, uma invenção dos gregos, integrando o ensino de História e Matemática.

Outra sugestão, presente no e-book “Cultura Maker: Uma abordagem integrada ao currículo escolar”, é a confecção de um brinquedo com letras articuladas em turmas da educação infantil. A atividade estimula o conhecimento de nomes próprios e outras palavras.

Rhyzos & Twice

A Rhyzos é uma holding que leva informações sobre educação a profissionais da área por meio do Portal Rhyzos e da newsletter Conexão Rhyzos, pesquisa práticas educacionais mundo afora e atua na formação de educadores através da Academia Rhyzos. Além disso, investe em soluções para o Ensino Básico, como o programa bilíngue oferecido pelo Twice, destinado a atender as necessidades de docentes e alunos da Educação Infantil ao Fundamental II. Você também pode ser nosso franqueado! Entre em contato e marque uma reunião com nossos especialistas.