Não faltam motivos para ter o inglês como segunda língua. Afinal, o conhecimento pode ser o fator decisivo na conquista de um emprego. É isso que afirma um estudo realizado pela Cambridge English e pela QS Intelligence Unit em 2021. Em países em que o idioma nativo não é a língua inglesa, 95% das empresas a classificam como importante para os negócios.
Acontece que poucos brasileiros são proficientes. Ou seja, estão perdendo oportunidades. Os dados mais recentes, de 2014, indicam que apenas 1% dos entrevistados em estudo do British Council e do Instituto de Pesquisa Data Popular se consideravam fluentes em inglês.
De frente a tal realidade e à globalização – que traz a necessidade de fluência em todos os ambientes, sejam acadêmicos, científicos ou profissionais –, é urgente expandir o acesso à língua inglesa. Mas para justificar a iniciativa é necessário que as suas vantagens sejam amplamente divulgadas. Conheça quais são a seguir.
Competitividade no mercado de trabalho
Qualquer pai ou mãe deseja que os filhos obtenham sucesso na vida profissional. Não há questionamentos sobre isso. Mas para alcançar isso, a família deve investir na qualificação em várias frentes. Uma iniciativa central é a aquisição de fluência na língua inglesa, considerada o idioma dos negócios.
A alcunha foi conquistada como resultado da globalização e foi motivada pelo importante papel dos Estados Unidos – cujo idioma oficial é o inglês – na economia global. Mas se engana quem acha que a língua é necessária apenas em profissões ligadas à exportação.
Este é um requisito básico em empresas de tecnologia da informação (TI), já que os termos de programação são na língua inglesa. E estão sobrando oportunidades na área. Não apenas: a demanda deve seguir aumentando. A Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) prevê que o setor abra mais de 530 mil vagas até 2025.
No entanto, encontrar profissionais proficientes é uma das grandes dificuldades para ocupar as vagas disponíveis em TI. Por isso, quem é fluente em inglês conquista uma vantagem competitiva – além de usar a língua como ferramenta de networking e estudo, já que possibilita o acesso a conteúdos teóricos como manuais, livros e palestras.
Melhora no desenvolvimento de habilidades intelectuais
As vantagens da aquisição do inglês como segunda língua se apresentam ainda nos primeiros anos de vida, quando o ser humano está mais propício a absorver novas informações. Segundo a neurociência, a imersão bilíngue ajuda nessa etapa, contribuindo para a formação de um indivíduo com maior capacidade de reflexão e resolução de problemas, como exige a sociedade do século 21.
Pesquisas na área de conhecimento indicam que crianças bilíngues apresentam consciência metalinguística mais precocemente que as monolíngues – que falam apenas a língua materna. Além disso, têm desempenho superior nas tarefas que exigem maior demanda de funções cognitivas, já que o processo de aprendizagem de idiomas auxilia no desenvolvimento do controle inibitório, da memória de trabalho e da flexibilidade cognitiva.
Ampliação das oportunidades acadêmicas
A língua inglesa é essencial antes mesmo de a pessoa ingressar no mercado de trabalho. Quem deseja se qualificar nas melhores instituições de ensino superior do mundo – como Oxford e Massachusetts Institute of Technology (MIT) – tem o idioma como um dos principais aliados. Ser fluente ajuda a acompanhar as aulas, é claro, mas também facilita a inserção no cotidiano do país, permitindo a interação social com os nativos.
Por vezes, o desejo é seguir a carreira no ambiente acadêmico, seja na pesquisa ou na docência. A escolha também exige fluência em inglês, já que muitos artigos científicos produzidos em todas as áreas são publicados no idioma, bem como eventos importantes têm a língua como principal ferramenta de comunicação.
Enriquecimento do repertório cultural
Aprender inglês envolve muito mais do que compreender as regras gramaticais. O ensino bilíngue propõe uma imersão na cultura dos países que se expressam usando este que é o terceiro idioma com mais falantes nativos e a língua adicional mais falada no mundo, conforme afirmam os dados do Ethnologue de 2020.
Os docentes utilizam textos, filmes, músicas e outros materiais para compartilhar os elementos culturais, a história e os costumes de outras nações com os alunos. A estratégia não busca apenas ensinar o inglês. Também é uma forma de engajar os alunos nas aulas, tornando o processo de ensino-aprendizagem mais divertido, natural e eficaz.
Desenvolvimento de habilidade socioemocionais
A imersão cultural proporcionada pelo ensino do inglês como segunda língua oportuniza a construção de cidadãos condizentes com as demandas contemporâneas. Isso quer dizer que quem aprende o novo idioma se torna mais resiliente, criativo, comunicativo, empático e respeitoso com as diferenças. O processo se dá como consequência do contato com a cultura de outros países, bem como pela aplicação de metodologias ativas de ensino.