As tecnologias educacionais se tornaram ainda mais fundamentais nas escolas a partir da pandemia. Afinal, permitem que as aulas à distância ocorram com qualidade – e também beneficiam o ensino presencial. Os recursos são previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), já que servem para comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. Assim, contribuem para a melhora do engajamento e do desempenho dos alunos.

Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) são velhos conhecidos de docentes e alunos, e 62% dos professores brasileiros usaram celulares para atividades pedagógicas em 2020, segundo a pesquisa TIC Educação 2021, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. Os computadores portáteis foram usados por 58% dos entrevistados, enquanto apenas 12% utilizaram tablets. Os dispositivos facilitam a interação e aumentam o engajamento dos alunos nas aulas.

Outras ferramentas têm ganhado espaço em escolas mundo afora. É o caso de recursos de gamificação, chatbots, realidade estendida e metaverso. A seguir, saiba mais sobre as tecnologias educacionais.

A gamificação consiste na aplicação de elementos de design de jogos (como desafios e interatividade) nas atividades pedagógicas por meio de dispositivos móveis e softwares. A metodologia proporciona um ensino lúdico, auxilia no desenvolvimento de soft skills – como criatividade e resiliência – e coleta dados que permitem personalizar futuras intervenções pedagógicas.

Os chatbots são mais uma das tecnologias educacionais capazes de melhorar o processo de aprendizado no ensino básico. Os agentes de conversação aplicam inteligência artificial e, assim, simulam diálogos com humanos, esclarecem dúvidas e indicam materiais de consulta. O Metis (Mediadora de Educação em Tecnologia Informática e Socializadora), por exemplo, demonstrou ser um sistema rápido de diálogo e beneficiar, em especial, os discentes da educação à distância, de acordo com um estudo publicado na Revista Novas Tecnologias na Educação em 2018.

Uma tendência crescente no setor educacional nos últimos anos é o uso da realidade estendida, que engloba as realidades virtual e aumentada. A RV proporciona a imersão do usuário em um ambiente online (a exemplo de um simulador de voo), enquanto a RA adiciona elementos sensoriais, como gráficos e sons, à experiência. Nesse sentido, os alunos podem usar smartphones e tablets para compreenderem a anatomia animal por meio de modelagens 3D, por exemplo.

As tecnologias educacionais podem ser combinadas no metaverso para a realização de atividades como rodas de conversa online com pessoas de qualquer lugar do mundo e aulas de história que incluem a visita dos locais abordados. A turma pode, inclusive, “voltar ao passado” dentro do espaço virtual. No entanto, questões sobre a viabilidade dos recursos tecnológicos são debatidas, tendo em vista que ainda não são amplamente acessíveis.

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