Parte importante do PIB do Brasil depende de profissionais que saibam inglês

Hoje, saber inglês é ter um passaporte para se comunicar com todo o planeta. E isso faz muita diferença 

Em qualquer área do mercado de trabalho, falar um segundo idioma é um atributo que diferencia o profissional. Mas tem setores que o bilinguismo, além de dar maior competitividade, é indispensável. O maior exemplo é a indústria do turismo, uma das mais importantes para a economia, que corresponde a 8,1% do PIB do Brasil.

Segundo o Ministério do Turismo, o País recebeu 3,6 milhões de visitantes em 2022 – o número é cinco vezes superior ao de 2021, mas está ainda 43% abaixo do período anterior à pandemia. A tendência, com tudo, que o número de turistas aumente cada vez mais, com reflexos positivos na geração de empregos.

Cabe reforçar que, conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), metade dos 20 municípios brasileiros com maior taxa de expansão do mercado de trabalho formal entre 2021 e 2022 tinham o turismo como uma de suas atividades econômicas. 

Inglês, o idioma da globalização

No turismo, o idioma que prevalece é o inglês. É a língua adotada pela maioria absoluta de viajantes que se deslocam mundo afora. 

O domínio do idioma na comunicação entre as pessoas se tornou ainda mais relevante com a globalização econômica e a evolução tecnológica. 

Hoje, dominar o idioma é ter um passaporte para se comunicar com todo o planeta. O inglês é também a língua dos negócios, dos eventos e da comunicação empresarial.

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Por tudo isso, falar inglês com fluência é fundamental para todos os profissionais que, de uma maneira ou de outra, fazem parte da cadeia da indústria do turismo, a qual envolve segmentos como transporte, restaurantes e hotelaria. Neste setor tão importante para o PIB do Brasil, quem desejar conseguir uma vaga de destaque precisa dominar o idioma. Em muitos casos, o inglês é até mesmo pré-requisito para obter emprego. 

Ranking de países que falam inglês como segundo idioma 

Mas a realidade é que precisamos melhorar bastante no domínio do idioma. Em uma lista de 111 países e territórios pesquisados, o Brasil é apenas o 58° em proficiência em inglês, desempenho considerado muito baixo, conforme o EF English Proficiency Index (dados de 2022). 

O primeiro lugar do ranking é da Holanda. No âmbito latino-americano, a performance brasileira também não é animadora: ocupamos somente a 12ª posição entre 20 países analisados.

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Como isso impacta toda a cadeia turística? Ou melhor, o que o Brasil perde por causa disso? E como podemos reverter o quadro? Sem dúvida, uma forma de melhorar o desempenho neste quesito é ter uma instrução adequada de inglês desde a escola. Mesmo aí, os desafios são grandes.

Outra pesquisa – Demandas de Aprendizagem de Inglês no Brasil, elaborada em 2020 pelo British Council e o Instituto de Pesquisa Data Popular – mostrou que, em função das deficiências do ensino no País, não mais do que 5% da população do Brasil fala a língua inglesa. E apenas 1% dos brasileiros fala inglês de maneira fluente. 

Certamente, os problemas da educação brasileira não se limitam ao aprendizado de idiomas. Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2020, por exemplo, revelaram que somente os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) alcançaram a meta de qualidade nacional estabelecida no ano anterior. 

O que era desafiador ficou ainda mais complicado em março de 2020, com a eclosão da pandemia – cerca de 48 milhões de estudantes brasileiros deixaram de frequentar presencialmente as escolas. Ainda estamos vivendo o processo de recuperação da crise sanitária.

Escolas bilíngues

Segundo a Associação Brasileira do Estudo Bilíngue (ABEBI), existem atualmente 1,2 mil escolas particulares bilíngues no território nacional, o que representa apenas 3% da rede privada. Para efeito de comparação, na Argentina, Uruguai e Chile, esse percentual bate nos 8%. Ou seja, a estrada a percorrer é longa e estamos ainda bem distantes da meta almejada. 

Mas isso não autoriza que percamos a direção. Se quisermos formar profissionais bem preparados para as várias atividades associadas ao turismo, não existe outro caminho exceto investir cada vez mais na capacitação de professores e na qualidade do ensino de inglês. 

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